A PHDA ou Perturbação de Hiperactividade e Défice de Atenção é
uma diminuição ou ausência de controlo na criança.
A criança hiperactiva é incapaz de controlar a sua atenção, impulsividade e actividade motora.
A criança hiperactiva é incapaz de controlar a sua atenção, impulsividade e actividade motora.
-- Não é
uma ausência de vontade para o fazer
-- É uma ausência de controlo que efectivamente
traz consequências.
A PHDA não é falta de concentração por falta de empenho ou um comportamento indisciplinado resultante da educação dada pelos pais.
A
PHDA é actualmente a
“desordem mental” mais diagnosticada em crianças, estimando-se que 6 a 8% de todas as crianças em idade escolar tenham PHDA.
Esta perturbação é cerca de seis vezes mais frequente nos rapazes
do que nas raparigas.
As
estatísticas indicam que cerca de 40% das crianças, diagnosticadas, deixam de ter
sintomas durante a adolescência ou seja o cérebro, com a ajuda de factores
ambientais, “encontra o caminho” para o normal desempenho e desenvolvimento.
-- Genéticas
Se um dos pais tiver sido "hiperactivo" tem 30% de hipóteses de ter um filho com PHDA
-- Ambientais
- Nascimento Prematuro ou com muito baixo peso
- Asfixia no momento do parto
- Traumatismo cranianos
- Passar muito tempo a ver televisão ou a jogar jogos de consola/computador
- Falta de afectividade, de cuidados parentais...
No diagnóstico, o principal é ter em consideração o comportamento destas crianças que devem, forçosamente, englobar :
· -- Actividade excessiva (inquietação motora, agitação);
-- Distracção (dificuldade de concentração,
atenção dispersa);
· -- Impulsividade (tendência a agir sem reflectir).
Quadro Clínico :
Tratamento :
Quadro Clínico :
- Dificuldade em terminar tarefas ou projectos
- Facilidade em distrair-se
- Dificuldade em concentrar-se
- Problemas de organização e disciplina
- Concentração aumentada quando a informação e/ou tarefa é interessante ou estimulante.
- Inteligência acima da média mas com maus resultados na escola.
- Maior facilidade em aprender com ajudas visuais ou através de movimento
- Ansiedade /Impulsividade / Insatisfação
- Bater com os dedos ou outros objetos como lápis na mesa
- “Cabeça no ar”
- Mudanças de humor ou disposição repentinas
- Tiques nervosos
Tratamento :
O recurso à medicação só deve ser feito após uma avaliação médica especializada, incluindo o estabelecimento do diagnóstico.
Dos medicamentos que, actualmente, são mais usados, salientamos os psicoestimulantes (Metilfenidato, Risperdona).
O efeito dos psicoestimulantes consiste no aumento da capacidade de atenção/concentração, diminuição da impulsividade e da agressividade, melhorando as relações interpessoais e o desempenho da criança.
O seu efeito surge logo nos primeiros dias, desde que a dose seja adequada.
As tomas são diárias, podendo ser feita uma interrupção do tratamento durante o período do fim-e-semana e das férias escolares, de acordo com a indicação médica.
Actualmente, existem um sem número de crianças com PHDA ou Hiperativas e infelizmente algumas delas não o são... São crianças com falta de regras, a "fazerem tudo" o que querem, e que não estão habituadas a respeitar "ordens"... Infelizmente, assisto, diariamente, a estes comportamentos (desobediência, falta de regras, má educação) de crianças que nada têm a haver com PHDA, mas cujos pais acham ser PHDA...
Todas as crianças, são activas, curiosas, exploradoras do que as rodeiam ou seja... Irrequietas... Isto é saudável e normal... O papel educativo dos pais, em contrariar, em dizer Não, em castigar, no fundo educar, deve estar presente, sempre...
Por último, relembro que a criança com PHDA é incapaz de controlar a sua atenção, impulsividade e a sua atividade na generalidade.
Não é uma ausência de vontade para o fazer, mas sim uma ausência de controlo que traz consequências devastadoras para a vida da criança e familiar...
Sem comentários:
Enviar um comentário