terça-feira, 18 de novembro de 2014

Laringite

A Laringite é uma infeção respiratória superior aguda, que causa inflamação da laringe (engloba as cordas vocais). Inicia-se geralmente durante a noite e afeta, sobretudo, crianças dos 6 meses aos 3 anos podendo ocorrer, também, em crianças mais velhas. É mais frequente no Outono e Inverno. Esta doença, apesar de não ter habitualmente grande gravidade, pode provocar edema (“inchaço”) da laringe, cordas vocais e traqueia, obstruindo a passagem de ar pelas vias aéreas, causando falta de ar. O sintoma mais frequente é a “Tosse de Cão” (tosse rouca exuberante).
Quadro clínico
- Rinorreia (“ranho”) com ou sem obstrução nasal.
- “Tosse de cão” e rouquidão de início súbito (que pode passar a tosse com expetoração cerca de 48h depois e que pode durar até 3 semanas para desespero das mães…).
- Febre (pode ser elevada e dura aproximadamente 3 dias).
- Vómitos (na sequência da tosse).
- Falta de ar (habitualmente com um barulho semelhante a um “guincho”- Estridor Laríngeo, que traduz a dificuldade do ar a passar pelas cordas vocais inflamadas).

Causa
- Origem viral (Influenza, Parainfluenza, VSR, Adenovírus) e portanto transitória e autolimitada (maioria dos casos).
- Origem bacteriana (raro).
         - Causa Alérgica.
         - Refluxo Gastro-Esofágico.

Modo de Transmissão e Período de Incubação
- Via inalatória (proveniente da saliva, tosse e espirros de crianças infetadas, no ambiente).
- 1 a 3 dias depois da exposição, desenvolvem-se os sintomas.

Tratamento
- Antipiréticos (medicamentos para a febre – Benuron/Brufen).
- Aerossóis com soro ou com medicação anti-inflamatória (corticoides).
- Anti-histamínicos orais (xaropes) em determinadas situações.
- Antibiótico, se o médico entender que é de origem bacteriana.
- Na altura em que surge a “tosse de cão” (habitualmente de noite), deixar a criança respirar o “ar frio” (“passa” nas cordas vocais, funciona como anti-inflamatório e melhora a falta de ar.)
As crianças que apresentem estes sintomas, devem ser observadas, preferencialmente pelo seu médico assistente (nunca esquecer que as urgências são autênticas “estufas” de infeções. As crianças vão por uma doença e “trazem” uma série delas…). Contudo, se notarem falta de ar, sobretudo durante a noite, devem recorrer ao Hospital.

5 comentários:

  1. Obrigada pela informaçao!Partilhei ;)

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  2. Ainda bem que gostou. Beijinhos para si e princesas

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  3. Boa tarde Drª Paula. Antes de mais, felicito-a pela sua dedicação a este blog, que em muito ajuda a esclarecer os pais quanto à saúde dos "nossos mais que tudo"!
    Foi diagnosticado, à minha filha de 19 meses, uma laringite e receitado: antibiótico + gotas corticóides+ plumicort para nebulização. A minha questão é qual a diferença (que implica no dianóstico) entre laringite viral e laringite bacteriana, já que em causa está o tomar ou não de antibiótico...
    Obrigada,
    Mãe Sandra

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  4. Olá Sandra



    Em primeiro lugar Bom Ano Novo....



    Em relação à diferença, da Laringite Bacteriana em relação à Viral, prende-se, habitualmente, pela presença de febre elevada e difícil de ceder (ao Ben-u-ron/Brufen) e ao "aspeto" infetado da criança, na Laringite bacteriana. A medicação parece-me muito bem. A questão do antibiótico que foi prescrito terá que ver, penso, com o que enunciei.



    Espero tê-la esclarecido.

    Beijinhos e felicidades para a sua princesa

    Paula Vara Luiz

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  5. ola Dra meu filho esta com essa tosse de cachorro a mais de uma semana, levei ao medico e ele só me passou inalação e dexametasona. Ja tem 4 dias e nada mudou a tosse continua. O que eu faço??

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